Cerca de 72 mil pessoas estão com vírus ativo nesta sexta (14) no estado, e média dos últimos sete dias é de 8,5 mil novos casos diários. Secretaria Estadual da Saúde registra mais oito óbitos e média móvel volta a ter alta após mais de dois meses.
O aumento nos casos de Covid-19 sobe de forma vertiginosa e começa a apresentar reflexos nos outros indicadores da pandemia no Rio Grande do Sul. Com mais 14.345 infectados conhecidos, conforme a Secretaria Estadual da Saúde (SES), nesta sexta-feira (14), a média móvel chegou a cerca de 8,5 mil casos e ultrapassou o pico anterior, que era de pouco mais de 8 mil, em março de 2021.
Pela alta contaminação, especialistas acreditam que há muitas pessoas que não fazem o exame, que ainda são altamente necessários, assim como o isolamento de quem testou positivo. Por isso, há possibilidade de subnotificação.
A média móvel de infectados, portanto, segue em alta, com uma elevação de 762% em relação a duas semanas atrás. São 8.538 novos casos, em média, esta semana, acima do registrado no pico anterior da pandemia, em março de 2021, quando pouco mais de 8 mil de média diária foi verificado.
A curva vai proeminente, com quase 12 mil casos em julho de 2021, é referente a um acréscimo de mais de 64 mil casos em um único dia após mudança no sistema de preenchimento pelos municípios imposta pela SES. Logo, não é considerada uma alta no contágio.
Mortes
Foram identificadas ainda mais oito mortes. Todas ocorreram entre 4 e 13 de janeiro. O RS chega, assim, a um total de 36.521 vítimas do coronavírus desde o começo da pandemia.
A média móvel de mortes é de seis registros diários, 29% a mais do que há duas semanas. Com isso, depois de mais de dois meses de quedas e estabilidade, retorna à tendência de alta, embora em um patamar mais baixo do que nos períodos mais críticos.
Leitos
A alta vertiginosa nos casos não é a mesma na ocupação dos leitos clínicos e de UTI, mas já começa a apresentar efeitos consideráveis. Nos clínicos, houve um aumento para 747 pessoas hospitalizadas entre suspeitos e positivos para coronavírus, uma alta de 10% nas últimas 24h.
Já a taxa de pacientes em leitos de terapia intensiva subiu para 54%, com 1.731 pacientes em 3,2 mil vagas, 30 a mais do que no dia anterior pelo segundo dia seguido.
A proporção, porém, reduziu para quase 18% entre aqueles com Covid ou a suspeita da doença e 82% os que estão hospitalizados por outros motivos. Ao todo, 198 dos hospitalizados tiveram diagnóstico positivo e outros 117 estão com suspeita.
Das 21 regiões do estado, apenas Pelotas está com superlotação das vagas de UTI privadas. Já Canoas,Passo Fundo e Uruguaiana estão acima de 80% no mesmo segmento. Nas demais regiões, há vagas disponíveis, bem como nos leitos SUS.
Vacinação
O Rio Grande do Sul segue sem atualização dos dados da vacinação desde 9 de dezembro. Mesmo com o restabelecimento das plataformas e-SUS Notifica, Sivep-Gripe, SI-PNI e Conecte SUS pelo Ministério da Saúde, possibilitando a inclusão de dados por estados e municípios, o sistema ainda não está acessível para consulta da população.
Em Porto Alegre, que já retomou o preenchimento esta semana, são mais de 1,1 milhão de moradores com o esquema vacinal completo, o equivalente a 73,7% da população estimada pelo IBGE em 2021. Se usada como parâmetro para o estado, a Capital demonstra que, no mês de “apagão”, houve um avanço de pelo menos 4%.
Isso porque o RS parou em 7,99 milhões de pessoas com o ciclo vacinal completo com as duas doses das vacinas CoronaVac, Pfizer e AstraZeneca ou a dose única da Janssen. O contingente representa 69,7% da população do RS.
Com a dose de reforço, são 1,37 milhões de pessoas ou 11,9% da população gaúcha até dezembro; em Porto Alegre, atualmente, é de 273 mil ou 18,3%. A primeira dose já chegou a 8,9 milhões de pessoas (77,6%) no estado e a 12,1 milhões ou 81,1% na Capital.
O consórcio de veículos de imprensa utiliza dados atualizados do IBGE e considera imunização completa apenas com ambas as doses ou a vacina da Janssen. Logo, os dados podem diferir levemente dos levantamentos oficiais das secretarias de Saúde.
Fonte: G1.